Curar nossa criança interior pode ser o passo mais importante na hora de desenvolver o seu amadurecimento emocional.
Todos nós nascemos criança e com o passar do tempo, biologicamente, vamos crescendo mas, aquela criança ou aquelas crianças que fomos um dia não desaparecem. Ela(s) nos acompanha(m) com suas histórias e nem sempre de alegria. Essa parte fica “armazenada” no nosso inconsciente e é, muitas vezes, responsável por algumas respostas impulsivas, desproporcionais que temos.
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O que é a criança interior
O nosso sistema biológico amadurece naturalmente, nosso corpo físico acompanha nossa idade mas nosso sistema interno, por não ser uma unidade, mas uma multiplicidade, não acompanha da mesma forma.
Aí o que acontece?
As crianças acabam tomando decisões de adulto.
Imagine você, uma criança dirigindo um carro, ela vai ter medo, vai bater e ficar com mais medo e até chorar, e claro, não vai dar conta! O que vai fortalecer a crença negativa dela de não dar conta! Se essa mesma criança for participar de uma reunião de trabalho, o resultado será igualmente desastroso. E por que isso ocorre?
Porque em alguns momentos, no passado, esta criança foi ignorada, foi desvalorizada e ela acha que ainda está naquele tempo passado, está presa naquele momento.
E por que isso acontece? Porque o inconsciente é atemporal, não sabe que o tempo passa e que nós amadurecemos e envelhecemos. E são nessas partes que ficam as nossas necessidades não resolvidas. Ainda, ela fica mais latente quando, na vida adulta, passamos por alguma situação que nos remete a algum momento parecido na infância.
Algumas possíveis consequências de não olharmos nossa criança interior ferida é de agimos emocionalmente como crianças em momentos que é preciso um pensamento maduro. Ou seja, independente da nossa idade, reagimos tentando resolver um problema de forma infantil.
A importância em curar a criança interior
Quando nós somos adultos, a maneira como enfrentamos certas situações muda. O que acontece quando essa parte infantil está ferida é um retorno àquele estado de maturidade frente a algumas situações de estresse. Por exemplo, podemos ter uma dificuldade muito grande em aceitar críticas – inclusive as ditas construtivas – em um ambiente de trabalho.
Vamos supor que um cliente seu solicitou que você ajustasse alguma parte de um projeto sobre o qual você é responsável. Uma pessoa com essa ferida pode compreender isso da forma errada. Primeiramente, levando isso como uma crítica pessoal, ou seja: o cliente pediu a modificação porque não gosta de mim. E ainda, levar isso como uma “prova” de que não é bom suficiente.
Isso acontece porque sua parte racional e madura (proporcional a sua idade) atual sabe que alterações são normais e necessárias. Porém, a sua criança interior associou essa solicitação a uma memória infantil em que você se sentiu dessa forma.
Mas é importante lembrar que aquela criança ferida também precisou ser adulta para dar conta daquele momento desafiador e isso a deixou mais ferida por não ter podido ser criança naquele momento.
Isso faz sentido para você?
E como tratar?
O primeiro passo para você curar essa parte é acolhê-la. Sobre esse acolhimento, uso diversas ferramentas para trabalhar traumas, uma delas é a abordagem dos Sistemas Internos Familiares, no qual sou especializada. E eu tenho um vídeo no meu canal que explica isso das partes melhor, você pode assistir clicando aqui. Nesse sentido, é importante buscar um atendimento especializado, assim você terá uma compreensão sobre o que causou as feridas na sua criança interior e como conseguir curá-la.
Espero ter te ajudado a compreender mais sobre a sua criança interior, e se você quiser marcar uma consulta, o link para o agendamento é esse aqui: Agende sua consulta.